FORMAÇÃO CONTINUADA DE TUTORES – 22 de Fevereiro de dois mil e onze
Aos vinte e dois dias de fevereiro de dois mil e onze iniciou-se no Cead –Unifal a “Formação Continuada de Tutores”. A sala para discussão de temáticas pertinentes ao Ensino a Distância visa um espaço de debate, troca de informações e discussões que contribuirão para o desenvolvimento de nossos trabalhos. A princípio a nossa sala de discussão será aberta a cada mês, abordando diferentes temáticas, por meio de fóruns de debates, oficinas e webconferências. Para o fomento das discussões teremos a participação de Professores, Tutores a Distância e Tutores Presenciais.
Caros colegas,
A primeira temática aberta para discussões trouxe o tema: “O papel do professor e do aluno no ambiente virtual de ensino”. O texto, que é um artigo de conclusão de curso de Especialização em Educação a Distância, nos foi cedido pela Tutora Juliana Dias Russano e a apresentação aconteceu com a colaboração das Tutoras Daniela Cristina de Lima e Mayra Reis Felipe. A abertura da discussão se deu com a palavra da Professora Coordenadora Fabiana de Oliveira, que reforça a importância da criação de um ambiente em que possamos interagir, trocando saberes. Em seguida, a palavra é dada à Tutora Juliana, quem conduz a apresentação. Para iniciar a exposição a Tutora Juliana aborda a diferença entre informação e conhecimento. Em síntese, a exposição prossegue, no sentido de que com o avanço da tecnologia e o livre acesso às informações, devemos trabalhar de forma a levar o aluno da EAD a transformar informações em conhecimento.
O texto cita o “professor”, mas é abordado também o tutor nesse processo de trocas de aprendizados. Sabemos que é importante acompanhar o desenvolvimento do aluno, entender as suas necessidades, não apenas como um aluno, mas também como pessoa. Assim, nos deparamos com uma nova concepção de “Professor” no ambiente EAD. O professor hoje não é um instrutor e sim um facilitador. Não no sentido de entregar tudo acabado ao aluno, mas sim de fazê-lo ir até a resposta, mostrar-lhe o caminho e ajudá-lo a transformar todas as informações em conhecimento. Pois na sociedade atual, informação não é o bastante, precisamos que o aluno da EAD, desenvolva seu senso crítico, aprenda a refletir sobre situações que lhe são propostas e a indagar sobre informações recebidas.
O texto cita que Educação deve ser centrada no aluno, que ele é o foco do aprendizado. Todavia, não podemos pensar no sentido de que o aluno deve receber tudo pronto, facilitado, ele também deve procurar por recursos próprios, não limitar-se ao que é recebido pelo ambiente virtual. Assim, professores e tutores não devem mostrar simplesmente o que o aluno deve fazer e sim mostrar as formas para chegarem até as respostas. É preciso orientar os alunos a construírem o conhecimento. Pois é simples, entender que o aluno recebe as informações necessárias para desenvolver suas atividades, mas devemos sempre indagar, será que ele está assimilando essas informações? Para sabermos, entra aqui a nossa principal ferramenta de trabalho: a Comunicação. Apenas por meio da comunicação podemos certificar se o aluno está assimilando ou não as tarefas que lhe são propostas. Por isso faz-se extremamente necessária a interação entre os agentes da aprendizagem à distância: professor, aluno e tutor. Se existe uma troca recíproca entre esses agentes é possível que aconteça o ensino a distância.
Algumas áreas devem ser observadas quando falamos de Ensino a Distância. São elas: pedagógica, social, gerencial e técnica. É preciso o compromisso dos professores e tutores com o conteúdo das disciplinas a serem desenvolvidas, é necessário abordar a questão social no ambiente EAD, por meio de parcerias, comunicação e interação entre os agentes participantes desse processo de ensino, é de extrema importância o gerenciamento e a administração dos cursos, a fim facilitar informações administrativas que são úteis aos alunos e por fim a assistência técnica que é fundamental ao desenvolvimento dos cursos.
A tutora cita também alguns itens que desmotivam o aluno. Dentre eles, os mais relevantes: a falta de feedback, falhas técnicas e informações erradas. O aluno virtual necessita da interação, da comunicação com seu professor e/ou tutor. Ele precisa saber se está desenvolvendo suas atividades corretamente e também precisa dessa relação de interação para sentir-se motivado. Daí a extrema importância do feedback. As falhas técnicas e o desencontro de informações também contribuem muito para a desmotivação e até a desistência de muitos alunos.
Depois de feita a exposição do texto, a discussão foi aberta aos tutores a distância e aos presenciais, que participaram efetivamente da discussão.
Mayra Reis Felipe
Tutora a Distância – Polo de Franca - SP
